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Diário do Nordeste
Três policiais foram presos por cercar uma viatura para secar pneus na tarde desta terça-feira (18) no Bairro Antônio Bezerra, nas imediações do 18º Batalhão de Polícia Militar, em Fortaleza. Os três estavam usando balaclavas e estavam armados, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Patrulhas do Batalhão de Choque foram deslocadas por volta de 15 horas para o Batalhão, no bairro, para impedir a ação de manifestantes – boa parte deles, mulheres de agentes – insatisfeitos com a proposta de reajuste para a categoria.
Ainda conforme a SSPDS, Jardeson Feitosa Tabusa, da Força Tática do BPTur, portando uma arma da PMCE; Francier Sampaio de Freitas, armado com arma própria e José Carlos Morais, ambos do 14º Batalhão (Maracanaú) foram autuados no artigo 149, parágrafo único, do Código Penal Militar (CPM), com pena prevista de 8 a 20 anos, além de ser passível de demissão.
Nesta segunda-feira (17), a Justiça do Ceará manteve decisão que permite que agentes de segurança sejam presos por promoverem greves e manifestações no Estado.
Cinco associações de policiais e bombeiros militares estão proibidas pela Justiça do Ceará desde segunda-feira de adotarem qualquer tipo de mobilização que trate de discussão de “melhorias salariais, estrutura de trabalho e conquistas para a carreira militar” e da “deflagração de greve e/ou qualquer manifestação coletiva de forças armadas com posturas grevistas”. A multa por descumprimento é de R$ 500 mil por dia. A decisão atende a pedido do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que entrou com ação judicial nesta segunda, alegando que as associações estão fazendo papel de representantes sindicais, desrespeitando as proibições constitucionais de sindicalização e greve de militares.
Protestos
No último dia 6 de fevereiro, policiais militares, bombeiros e parentes dos servidores se reuniram no entorno da Assembleia Legislativa do Ceará, protestando contra a proposta de reajuste apresentada pelo Governo do Estado.
Após a manifestação, representantes da categoria e do Estado realizaram reuniões para fechar um acordo. No dia 13, governo e associações anunciaram que a proposta de reajuste para policiais e bombeiros militares havia sido aprovada em reunião com. Mas, após o anúncio do acordo, representantes da categoria voltaram a público para dizer que os policiais não aceitaram a proposta. Mesmo após o acordo, servidores militares marcaram reunião por meio das redes sociais para decidir os próximos passos do movimento.