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Com missa celebrada às 18h00, na basílica de Juazeiro do Norte, região do cariri, começa hoje o processo de beatificação do padre Cícero Romão. Após a missa será realizada sessão de abertura da Causa de Beatificação e Canonização do Padre Cícero.
Em março de 1889, Padre Cícero celebrava uma missa e, no momento da comunhão, a fiel Maria de Araújo recebeu a hóstia e percebeu que havia se tornado vermelha como sangue. O milagre eucarístico realizado em missas celebradas por Padre Cícero se repetiu e foi necessário chamar o reitor do seminário de Crato para verificar a autenticidade do milagre. Para o reitor, a hóstia, de fato, havia se transformado no sangue do próprio Cristo.
A fama de Padre Cícero rapidamente se espalhou, e a imprensa de todo o Brasil noticiou tal milagre. O bispo de Fortaleza, Dom Joaquim José Vieira, não acreditava no milagre, mas enviou uma comissão para analisar o caso. Em 1891, médicos enviados pela Arquidiocese de Fortaleza foram até o local verificar se houve de fato a transformação da hóstia consagrada no sangue de Cristo. Os médicos afirmaram que não havia uma explicação natural para o fenômeno. Dom Joaquim enviou outra comissão, que afirmou serem falsos os milagres eucarísticos. O clero cearense acatou a decisão da segunda comissão e não reconheceu o milagre.
Padre Cícero não desistiu de obter o reconhecimento dos seus milagres. Esse fato provocou uma grande romaria à cidade de Juazeiro, dando início à devoção popular ao religioso. As insistências para o reconhecimento do milagre fizeram com que Padre Cícero fosse punido pelo clero, sendo proibido de celebrar missas, fazer pregações e confessar os fiéis. Outra punição que acabou afetando os fiéis foi a proibição de qualquer tipo de peregrinação a Juazeiro.
Em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação do “santo popular”.