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No mês de novembro, o Ceará enfrentou uma preocupante situação ambiental, com 1.830 focos de calor registrados, de acordo com o relatório da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Este número coloca o estado como o quarto com mais ocorrências no país, ficando atrás apenas do Pará (8.188), Mato Grosso (3.705) e Maranhão (2.893).
O dia mais crítico foi 10 de novembro, quando o Ceará liderou o monitoramento nacional com 333 detecções. O mês como um todo marcou o segundo maior registro de focos de calor desde 1998, com 2011 sendo o único ano a superar esse índice, alcançando 2.062 focos.
Os focos de calor indicam áreas onde a temperatura atinge 47°C, representando um risco significativo de incêndios florestais. O físico e doutor em meteorologia Francisco Vasconcelos Junior destaca que aproximadamente 75% desses focos resultam em queimadas.
Os relatórios gerados são encaminhados à Defesa Civil como parte da estratégia de combate ao fogo, sendo também analisados pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema).
As cidades mais afetadas foram Mombaça (1.259), Acopiara (1.104), Icó (597), Crateús (591), Boa Viagem (569), Ipueiras (550), Granja (510), Tauá (498), Pedra Branca (370) e Saboeiro (368). Esse aumento é atribuído à presença de mais matéria orgânica nos municípios, resultante de uma estação chuvosa favorável.
Para dezembro, há a perspectiva de maior precipitação devido à pré-estação, indicando uma possível redução nos picos de calor ao longo do mês.