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As famílias desalojadas por causa do rompimento de uma tubulação em um dos reservatórios do Projeto de Integração do Rio São Francisco, no município de Jati, no Ceará, começaram a volta para casa nesta terça-feira (25).
O retorno às residências foi liberado após inspeções de engenheiros e técnicos do Ministério do Desenvolvimento Regional atestarem que a estrutura não oferece riscos à população.
Cerca de 2 mil pessoas foram retiradas preventivamente das imediações do Reservatório Jati. No dia do vazamento, ocorrido na última sexta-feira (21), segundo o Ministério, cerca 1,3 mil moradores puderam voltar imediatamente. Hoje, as outras 710 pessoas foram autorizadas a retornar.
Para o MAB – Movimentos dos Atingidos por Barragens – o rompimento da estrutura da barragem de Jati evidencia a insegurança e a violação de direitos humanos de quem vive próximo a essas estruturas.
Marina Calixto, da coordenação do MAB do Ceará, relata que as famílias não passaram por treinamento para casos de rompimento, vivenciaram uma cena de terror e seguem inseguras no retorno para suas casas.
O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que mais de 50% das obras de recomposição já foram concluídas e os trabalhos seguem sem interrupções 24 horas por dia.
O vazamento em um dos dutos da Barragem Jati, na região do cariri cearense, ocorreu um dia depois da inauguração da comporta que liberou as águas do Rio São Francisco para a Região Metropolitana de Fortaleza.
A obra do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco ao sertão cearense ocorreu em 26 de junho, quando o presidente Jair Bolsonaro abriu as comportas no Reservatório de Milagres.
Nesta terça-feira, o governo federal reconheceu a situação de emergência em Jati e autorizou o repasse de R$100 mil para assistência a famílias atingidas.
As causas do rompimento ainda estão sendo investigadas pelo governo federal.