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Um dos indicadores monitorados para avaliar a transição das fases da reabertura econômica, a taxa de ocupação nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Ceará chegou a 69,5% nesta quinta-feira, 18, de acordo com dados do IntegraSUS, ferramenta da Secretaria da Saúde do Estado Ceará (Sesa). Essa é a menor taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva desde o dia 29 de abril, data em que a Sesa começou a registrar o índice na plataforma.
Na macrorregião de Sobral, localizada na Região Norte, contudo, a ocupação chega a 90% dos leitos. A demanda por leitos de alta complexidade devido à pandemia da Covid-19 se diferencia nas regiões do Estado, acompanhando as diferentes fases da disseminação nos municípios. A ocupação se manteve em 80% entre os dias 10 e 31 de maio. Nesse período, o Estado chegou a registrar ocupação superior a 90% por três vezes. Em Fortaleza, esse índice é de 66,08%.
A ocupação de enfermarias também registrou o menor número desde que o sistema passou a apresentar a taxa. Segundo a última atualização, divulgada por volta das 23h03min desta quinta-feira, mais da metade das enfermarias estavam desocupadas no Ceará. Com taxa de ocupação de 47,04%.
Com a queda dos indicadores em Fortaleza — novos casos, novos óbitos e internações — a distribuição de leitos de UTIs tem sido redimensionada em algumas unidades hospitalares, conforme Zilfran Teixeira, presidente da Sociedade Cearense de Terapia Intensiva. Isso acontece nas redes pública e privada. Nos últimos meses, além da ampliação da quantidade de unidades de alta complexidade, leitos do tipo ofertados a outras demandas foram direcionados para pacientes com o coronavírus. “Alguns leitos e unidades que foram mobilizados para pacientes Covid-19 foram remanejados de volta”, afirma. Há a expectativa de retorno do atendimento de cirurgias eletivas e ambulatórios. “Os centros cirúrgicos já estão se organizando para voltar. Mas não com a mesma demanda pré Covid”, compara.